O processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) dos homens armados da Renamo tem ainda cinco bases por encerrar e 1.954 ex-guerrilheiros por desmobilizar, refere a “Carta de Moçambique”. Já há dois anos que o mesmo se encontra em ação.
Os dados foram divulgados pelo Presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi, no âmbito da apresentação do Informe sobre o Estado Geral da Nação, que decorreu na Assembleia da República.
“Foram desmobilizados e reintegrados 3.267 antigos guerrilheiros da Renamo, representando 63% do total de abrangidos, dos quais 156 são mulheres e 3.141 homens, de um total de 5.221 pessoas”, declarou.
Nyusi garantiu que 90 ex-membros da Junta Militar da Renamo também se juntaram ao processo em questão. Ainda segundo o chefe de Estado, desde o início do processo, em 2019, que apenas 11 bases da Renamo foram completamente desmanteladas, em cinco províncias do país, de um total de 16 unidades militares do braço armado do maior partido da oposição.
Até ao momento, o Governo desativou as bases de Savane, Muxúnguè, Inhaminga, Chemba, Marínguè, em Sofala; Mabote, em Inhambane; Tambara, Mossurize, Báruè, em Manica; Zóbuè, em Tete; e Murrupula, na província de Nampula.
Entretanto, guerrilheiros desmobilizados da Renamo têm reclamado o pagamento de subsídios por parte do Governo moçambicano. Esta situação tem gerado tensão entre o Executivo e a liderança da Renamo.