Está previsto que cerca de cinco mil guerrilheiros da Renamo deverão ser desmobilizados até dezembro. De acordo com alguns analistas, é possível que haja novas tensões, caso o Estado não os ajude a reintegrarem-se economicamente na sociedade.
Recorde-se que a desmobilização do braço armado do maior partido no poder em Moçambique está a ser feita em cumprimento do acordo de paz assinado com o Governo. Tal é realizado através do chamado processo de Desmilitarização, Desmobilização e Reintegração (DDR).
Segundo o analista Egídio Vaz, o Estado não se deve esquecer desses homens. Na altura da desmobilização recebem uma compensação financeira, mas depois deveria ser dado outro tipo de sustentabilidade que os tornasse mais relevantes na sociedade, defendeu.
“Estou a pensar, por exemplo, em alguns cursos técnicos vocacionais para que os guerrilheiros possam aprender a fazer alguma coisa, porque depois de 20 anos na mata, a única coisa que sabem fazer é sabotar”, referiu.
Foi também sugerida a promoção de programas de agricultura e outros que permitam a reintegração. Senão “teremos tensões com esses homens”, alertou.
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