O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, o líder da Renamo, Ossufo Momade, e o representante do Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas, Mirko Manzoni, testemunharam no sábado, 05 de setembro, a desmobilização de 140 guerrilheiras que faziam parte da força residual do maior partido da oposição no país.
A cerimónia teve lugar na base de Mapangapanga, em Vunduzi, no distrito de Gorongosa, que era a base Central da Renamo. No local existem 434 guerrilheiros, dos quais 140 são mulheres.
As desmobilizadas regressaram assim à vida civil, sendo a maior parte delas militares da Renamo há 30 anos ou mais.
O evento foi dirigido pelo chefe de Estado, que enalteceu o papel das guerrilheiras no processo de pacificação e recordou um dos encontros com o então líder da Renamo, Afonso Dhlakama. Segundo o próprio, nesse encontro pediu ao malogrado que falasse com as militares e elas pediram que se acelerasse o processo de paz porque queriam retornar às suas zonas de origem.
Por sua vez, Momade afirmou que as guerrilheiras são o exemplo de que a Renamo sempre priorizou a igualdade do género em todas as frentes em que está envolvida.
Além disso, defendeu igualmente, elas são heroínas e merecem ser muito bem tratadas e acarinhadas por todos. Isto porque a democracia que se vive hoje em Moçambique é fruto do sacrifício delas, bem como o processo de descentralização em curso, concluiu.