O Presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi, anunciou ontem, 15 de março, a disponibilidade imediata de uma verba de 250 milhões de meticais para a reparação de emergência dos danos causados pelo ciclone Freddy em toda província da Zambézia. O objetivo é assegurar a rápida retoma dos serviços de educação, saúde, entre outros, cujas infra instruturas foram danificadas.
Durante a visita à província, o Chefe do Estado apontou um leque de medidas que incluem o alargamento do Gabinete de Reconstrução pós Idai para a província da Zambézia, de modo a acelerar a reparação dos danos causados pela tempestade.
Filipe Nyusi indicou também que algumas empresas ligadas ao ramo dos recursos minerais e energia irão mobilizar 10 milhões de meticais para a reconstrução das infra-estruturas sociais básicas, entre hospitais e escolas.
Ainda no âmbito da mitigação dos danos, as empresas Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) e Aeroportos de Moçambique irão isentar do pagamento o transporte de produtos de emergência até ao máximo de meia tonelada. Também será reduzida a tarifa de estadia de navios nos portos com carga de emergência para 25 por cento durante o período de 60 dias.
O estadista moçambicano anunciou a criação de uma Comissão Técnico-Científica como um órgão de consulta para assuntos ligados às mudanças climáticas, incluindo eventos climáticos extremos.
As medidas incluem ainda a criação de um Gabinete Permanente de Reconstrução pós ciclones, a realização, de imediato, de uma operação de avaliação dos danos, seguido de mobilização de recursos internos e externos para a recuperação ou reconstrução dos distritos afectados na província.
O Chefe do Estado apelou aos afectados pelo Ciclone para a observância de medidas básicas de higiene, de modo a evitar a eclosão de cólera, afirmando que o Governo sempre estará presente para criar condições para este período de transição pós ciclone e prometeu às vítimas o breve retorno às aulas por parte dos alunos e professores.
“O Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH) trabalhará, afincadamente, para que os alunos regressem, de forma segura, às aulas até ao final do mês em curso”, disse o Nyusi.
Aurelio Sambo – Correspondente