Moçambique é o país lusófono com mais casos de malária (nove milhões em 2019), encontrando-se na quarta posição da lista dos Estados da região africana da Organização Mundial da Saúde (OMS) com mais infeções.
Já Cabo Verde, outro país lusófono, mantém-se sem registos no que diz respeito a esta doença, segundo o último relatório divulgado.
Nesse relatório anual do Programa Global Contra a Malária da OMS, que analisou 20 anos de luta contra a doença, pode ler-se que, dos 215 milhões de casos e 384 mil mortes devido à malária registados em todo o mundo no ano passado, a região africana foi responsável por cerca de 94% dos casos e mortes.
Na região africana, os óbitos causados pela malária diminuíram 44% nos últimos 20 anos, passando de 680 mil em 2000 para 384 mil em 2019. A taxa de mortalidade por malária foi reduzida em 67% durante o período mencionado, passando de 121 para 40 por 100 mil infetados.
No entanto, a OMS alertou que a taxa de progresso abrandou. Essa situação deve-se principalmente à “estagnação do progresso em vários países com transmissão moderada ou elevada”.
Foi igualmente mencionado que 27 dos 29 países responsáveis por 95% dos casos de malária a nível mundial estão na região africana da OMS. A Nigéria (27%), a República Democrática do Congo (12%), Uganda (5%), Moçambique (4%) e Níger (3%) representaram cerca de 51% de todos os casos a nível mundial.