O Fundo Monetário Internacional (FMI) piorou as previsões de crescimento para todos os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), agravando a recessão em todos. A única exceção foi Moçambique, que deverá crescer 1,2% este ano.
A informação foi divulgada através da atualização das Previsões Económicas para a África Subsaariana, tendo as mesmas sido divulgadas em Washington. De acordo com os dados, Moçambique é o único país lusófono africano que deverá manter um crescimento negativo.
No entanto, a expansão da atividade económica do país governado por Filipe Nyusi foi revista em baixa, tendo passado de 2,2% para 1,4% este ano e de 4,7% para 4,2% em 2021.
Os restantes países lusófonos, de acordo com as previsões feitas pela organização internacional, vão estar em recessão este ano, principalmente a Guiné Equatorial, que deverá enfrentar um crescimento negativo de 8,1%. No entanto, prevê-se que o país irá recuperar para terreno positivo no próximo ano, com uma expansão de 2,5%.
A atualização revela a severidade da pandemia da Covid-19 e que a situação é pior, sendo a recuperação mais lenta do que aquela os analistas do FMI tinham antecipado em abril, altura em que estimavam um crescimento económico negativo de 1,6%, já assim o mais profundo das últimas décadas.