Os ministros da Defesa de Moçambique e Portugal, Jaime Bessa Neto e João Gomes Cravinho, respetivamente, vão assinar um acordo-quadro de cooperação até 2026. O encontro decorrerá nesta segunda-feira, 10 de maio, em Lisboa.
O documento estabelece os termos da cooperação militar para os próximos cinco anos, incluindo a formação e treino de forças especiais, fuzileiros e comandos. São também incluídas outras linhas de cooperação militar, como as “componentes terra-ar” e informações.
Um dos focos será o trabalho com drones, para que se saiba mexer com um instrumento que permite a recolha de informação.
Sobre o caso da província moçambicana de Cabo Delgado, frequentemente atacada por terroristas desde outubro de 2017, Gomes Cravinho defendeu a necessidade de uma “abordagem multifacetada e não se resolve de um dia para o outro, mas no horizonte de um par de anos, começando pela situação securitária porque esta é a base para qualquer desenvolvimento, e prestar socorro humanitário às populações afetadas”.
A contribuição de Portugal para a formação e capacitação das forças moçambicanas prevê o treino de “sucessivas companhias” das forças armadas, em três a quatro meses, durante três anos, o que significa um “triplicar” do investimento português em projetos de cooperação com Moçambique.