Os ministros da Defesa de Moçambique e de Portugal, Jaime Neto e João Gomes Cravinho, respetivamente, reuniram-se na semana passada, na cidade de Maputo. O objetivo do encontro foi o reforçar a cooperação bilateral na área em questão.
Esse fortalecimento incluiu o aprofundamento do novo Programa-Quadro, sendo considerados os desafios da atualidade. Sabe-se ainda, através de um comunicado divulgado pela Embaixada portuguesa em Moçambique, que a reunião bilateral decorreu a convite do ministro moçambicano.
Além de Jaime Neto estavam presentes os representantes moçambicanos Casimiro Augusto Mueio, secretário permanente do Ministério da Defesa Nacional, o tenente-general Raul Luís Dique, vice-chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), e outros quadros seniores do setor.
Quanto à delegação portuguesa, faziam parte da mesma a embaixadora em Moçambique, Maria Amélia Paiva, e outros quadros seniores do setor da defesa de Portugal.
O ministro português falou sobre a importância da atuação das Forças Armadas do seu país no combate à pandemia da Covid-19, incluindo o seu papel no plano de vacinação. Disse também que Portugal está disponível para apoiar Moçambique no seu plano nacional, no seguimento da troca de impressões entre o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, e o primeiro-ministro português, António Costa.
Já o ministro moçambicano falou sobre a situação económica e de segurança em Moçambique, realçando a resposta que o Governo tem dado aos desafios de segurança em alguns distritos da província de Cabo Delgado, constante alvo de ataques armados desde outubro de 2017.
Ambos reconheceram que o terrorismo representa uma ameaça transnacional que necessita de esforços concertados da comunidade internacional, constituindo o novo ciclo de cooperação bilateral e uma oportunidade para corresponder, de maneira mais eficaz, às necessidades de Moçambique no combate a este problema.
Foi analisado o Programa-Quadro de Cooperação no Domínio da Defesa para o período 2021-2025 e concordou-se com a oportunidade de serem integradas novas áreas no mesmo. Assim poderia ser acompanhada a alteração do ambiente de segurança e potenciadas reciprocamente as suas mais-valias para as Forças Armadas dos dois países, nomeadamente em matéria de formação de forças especiais.