Moçambique: Embaixador da Tanzânia nega relação com insurgentes em Cabo Delgado

Governo da província de Cabo Delgado

O embaixador da Tanzânia em Moçambique, Rajabu Luhwavi, negou as alegações de que o país que representa não está a cooperar no combate aos grupos armados que têm atacado a província de Cabo Delgado desde outubro de 2017.

A declaração surge após em círculos de opinião ter-se afirmado que a Tanzânia, vizinha de Moçambique, deveria colaborar mais na luta contra os insurgentes.

De acordo com o ministro da Defesa Nacional de Moçambique, Jaime Neto, os dois dos líderes da insurgência que foram abatidos durante o recente assalto à sede distrital de Macomia eram tanzanianos.

Para alguns observadores, a falta de colaboração por parte da Tanzânia não ocorre apenas na luta contra a insurgência, mas também contra a migração ilegal, que se trata de “um circuito extremamente complexo em que alguns tanzanianos são parte estrutural deste processo”.

No entanto, o diplomata Rajabu Luhwavi garantiu que os dois países estão “a tentar trabalhar juntamente com o Governo”, tendo, ao longo da fronteira, sido realizadas “operações conjuntas, com a participação das diferentes forças de defesa e segurança”.

Entretanto, o Governo moçambicano disse que todo e qualquer apoio à luta contra a insurgência seria bem-vindo, mas frisou que são os moçambicanos, em primeiro lugar, que devem defender a sua pátria.

Recorde-se que o Governo moçambicano aprovou nesta semana um subsídio para os militares que combatem os grupos armados que atacam a província de Cabo Delgado e as províncias centrais de Sofala e Manica.

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