Os empresários moçambicanos estão alarmados pela decisão das autoridades da União Europeia de suspender as ligações aéreas com os países da África Austral, em geral, e Moçambique, em particular.
Numa altura em que se tentava reerguer de cerca de dois anos de produtividade baixa, por causa das restrições impostas pela pandemia da COVID-19, as novas medidas fazem soar os alarmes e mostram sinais de dias piores pela frente.
Em conferência de imprensa proferida nesta quarta-feira, 1 de dezembro, a Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) considera a decisão como desmedida e pede que seja rapidamente revertida.
“Condenamos esta decisão, que demonstra um extremar de posições, numa altura em que não havia razões claras e objectivas para tal medida,” disse Eduardo Sengo, director executivo da CTA.
Pelas contas da CTA, tudo o que estava previsto, em termos de receitas e produtividade económica está agora posto em causa e vai deitar por terra, tudo o que era a planificação financeira.
De acordo com analistas, o turismo, cujo pico tem sido mesmo no mês de Dezembro, vai, mais uma vez, ser o mais afectado.
“ Não sabemos como lidar com esta situação, tendo em conta que no nosso caso concreto já tínhamos reservas de aproximadamente 60% da nossa capacidade para as quadra festiva” indignado lamentou Alfredo Matavel gerente de uma instância turística na província de Maputo.
Aurelio Sambo- Correspondente