Moçambique passou a integrar desde esta segunda-feira, 10 de fevereiro, o Conselho de Paz e Segurança da União Africana (UA), tal como o Malawi, em substituição de Angola e do Zimbabué.
A eleição do país governado por Filipe Nyusi ocorreu durante a 33.ª Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da UA, um evento realizado na cidade de Addis Ababa, capital da Etiópia, sob o lema “Silenciar as Armas, Criando Condições para o Desenvolvimento de África”.
O primeiro-ministro moçambicano, Carlos Agostinho do Rosário, declarou que para a implementação sustentável das ações que garantam a paz no continente exige-se dos chefes de Estado e de Governo uma capacidade de prevenir, gerir e combater focos de tensão. Neste âmbito, garantiu a abertura do Governo que representa para apoiar toda a assistência que for necessária e ao alcance de Moçambique, bem como outras informações nesta matéria.
“Entendemos que as nossas ações deverão incidir no reforço da boa governação, inclusão e combate à corrupção, prosseguir com a eliminação das desigualdades económicas, sociais e políticas e continuar a tomar medidas coordenadas para o combate do tráfico de armas ligeiras, intensificar a troca de informações e controlo do crime transfronteiriço. Continuar a privilegiar os mecanismos de resolução dos conflitos existentes, mobilizar recursos para apoiar intervenções coordenadas ao nível do continente”, afirmou.
Para o governante só assim será possível assegurar a manutenção da paz e segurança em África. Como tal, “Moçambique apoia a proposta de Angola para convocar uma conferência extraordinária, na qual serão discutidas medidas concretas para o combate ao terrorismo no Sahel, Corno de África e regiões de África”.
Recorde-se que o Conselho de Paz e Segurança da UA é o principal órgão encarregado da garantia da paz e segurança no continente, integrando 15 membros, e funciona na sede da UA, em Addis Ababa, coadjuvado nas suas deliberações por um comité militar e outro de peritos diplomatas.