O comandante-geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Bernardino Rafael, orientou nesta quinta-feira, 15 de abril, as Forças de Defesa e Segurança (FDS) a continuarem com operações para a localização dos membros da autoproclamada Junta Militar da Renamo.
Recorde-se que este grupo dissidente do maior partido de oposição é acusado de protagonizar ataques no Centro do país.
“Continuem a procurar aquelas pessoas que ainda não se entregaram [ao processo de paz], os da suposta Junta Militar da Renamo. Continuem a procurá-los para que eles respondam à justiça e, alguns, depois disso, passarão para a Desmilitarização, Desarmamento e Reintegração [DDR]“, afirmou durante um encontro com membros da corporação, no âmbito da visita à província de Sofala, no Centro de Moçambique.
A Junta Militar da Renamo é liderada por Mariano Nhongo, ex-dirigente de guerrilha, é contesta a liderança da Renamo, levada a cabo por Ossufo Momade, bem como as condições para a desmobilização decorrentes do acordo de paz.
Assim, o grupo é apontado pelas autoridades como responsável pelos ataques armados no Centro do país que já mataram, pelo menos, 30 pessoas desde 2019.
“Continuem em prontidão, controlem a livre circulação no troço Muchungue, Inchope e Caia”, realçou Bernardino Rafael, numa alusão aos troços mais afetados pelas incursões da autoproclamada Junta Militar da Renamo.