O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, anunciou em junho que iria ser pago um subsídio aos elementos das Forças de Defesa e Segurança (FDS) que estão na frente de combate no teatro operacional centro e norte do país. Esta seria uma forma de incentivo e de reconhecimento pelo trabalho prestado.
No entanto, as FDS vieram queixar-se de que esse subsídio não está a ser pago. A informação foi confirmada nesta quarta-feira, 02 de setembro, pela vice-ministra da Economia e Finanças, Carla Louveira.
A declaração da governante ocorreu pouco depois da receção de um donativo de um milhão de dólares (842.691 euros) por parte da Suécia. Essa quantia visa reforçar as ações de subsistência de famílias residentes em distritos das províncias de Gaza e Inhambane.
Carla Louveira explicou que o processo de pagamento está refém de um instrumento legal para operacionalizá-lo. “A matéria dos subsídios foi, devidamente, anunciada e está a ser tratada, portanto, com um instrumento legal, que é a operacionalização para efeitos de pagamentos a estes profissionais, sobretudo os de saúde”, disse ainda.
Os subsídios foram divulgados numa altura em que aumentava a onda de descontentamento dentro das FDS. Circulavam informações sobre o alegado abandono de alguns elementos das fileiras para se juntarem aos insurgentes em troca de valores monetários.