A Frontier Services Group (FSG), detida pelo grupo chinês CITIG, e em que Erik Prince, fundador da empresa de segurança Blackwater, detém acções e “peso de decisão”, terá alegadamente fechado um acordo com a empresa moçambicana ENH Logistics (ENHL) com o objectivo de fornecer serviços de transporte aéreo e evacuação médica aos funcionários das empresas que operam no sector do petróleo e gás na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique.
Há indicações de que a ENHL detém 51% e a FSG 49% no acordo selado.
A FSG tem as suas operações baseadas no Quénia, possuindo uma frota de helicópteros e pequenos aviões, tendo adquirido duas empresas quenianas de aviação, a Phoenix Aviation e a Kijipwa Aviation, estando esta última com a licença “caçada” desde 2014.
A empresa FSG trabalha no sector da prestação de serviços de segurança, aviação e logística no continente africano, com enfoque nas empresas chinesas a operar nos países africanos.
Refira-se que, em dezembro do ano passado, a EMATUM (Empresa Moçambicana de Atum), uma das 3 empresas estatais moçambicanas envolvidas no caso das “dívidas ocultas”, anunciou a entrada de FSG como um novo investidor na empresa.
A Ematum foi criada em agosto de 2013, detida por três accionistas: o Instituto de Gestão de Participações do Estado (IGEPE), a Empresa moçambicana de pesca (Emopesca) e os Serviços de Informação e Segurança do Estado (SISE). A Ematum foi financiada com 500 milhões pelo banco suíço, Credit Suisse, e com 350 milhões pelo banco russo, VTB. Há informações que apontam para o envolvimento de um terceiro banco, o BNP Paribas.
As três empresas estatais moçambicanas contraíram dois mil milhões de dólares em dívidas ocultas, entre 2013 e 2014, tendo por base garantias estatais “obtidas à margem da lei”, alegadamente pelo então Ministro das Finanças, Manuel Chang, sem que o parlamento moçambicano ou os parceiros internacionais tivessem conhecimento.
Em maio deste ano, Adriano Maleiane, ministro da Economia e Finanças moçambicano, disse que a ProIndicus, EMATUM e MAM tinham 3 meses para chegarem a acordo com o executivo moçambicano, em relação à reestruturação das dívidas com garantias do Estado ilegais. Caso não o fizessem, as três empresas estatais não receberiam investimento no ano seguinte.
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[…] hired the South African Dyck Advisory Group (DAG), the Russian Wagner Group, and Erik Prince’s Frontier Services Group. Colonel Lionel Dyck, the head of the Dyck Group, recently told Hannes Wessels that “The […]
[…] Grupo Asesor Dyck de Sudáfrica (DAG, por sus siglas en inglés), al Grupo Wagner de Rusia y al Grupo de Servicios Fronterizos de Erik Prince. El coronel Lionel Dyck, jefe del Grupo Dyck, dijo recientemente a HannesWessels […]
[…] al Grupo Asesor Dyck de Sudáfrica (DAG, por sus siglas en inglés), al Grupo Wagner de Rusia y al Grupo de Servicios Fronterizos de Erik Prince. El coronel Lionel Dyck, jefe del Grupo Dyck, dijo recientemente a HannesWessels que […]