Alguns partidos políticos e setores da sociedade civil manifestaram preocupação com o aparente silêncio do Governo moçambicano no que diz respeito à situação em Cabo Delgado.
O Movimento Democrático de Moçambique (MDM), o Centro para a Democracia e Desenvolvimento (CDD), a Justiça Social e outras organizações exigem que o Presidente da República, Filipe Nyusi, dê ao povo informações detalhadas sobre o que se passa na província que é constantemente atacada por grupos armados, o que acontece desde outubro de 2017. Este esclarecimento é visto como um direito constitucional.
Segundo o CDD, os moçambicanos “gostariam de saber o que é que terá falhado para que o conflito evoluísse e se alastrasse a mais distritos de Cabo Delgado. Como justificar, Senhor Presidente da República, a morte de, pelo menos, 1.500 pessoas e o deslocamento de outras 350 mil?”.
Em reação à acusação de se manter em silêncio, o Governo já veio contradizê-la. Foi o próprio chefe de Estado que negou, entretanto, esse silêncio.
“Estamos a dizer que as pessoas estão a matar, estão a queimar casas. Estamos a dizer que eles não falam, não dizem quem são e o que querem, e há quem entenda que o país tem que dizer”, concluiu Nyusi.