Foi entregue ontem, 10 de janeiro, mais uma embarcação à população de Mazambanine com vista a garantir maior fluidez na travessia do Rio Umbeluzi, no Distrito de Boane. Esta é a segunda embarcação que o Governador da Província de Maputo, Júlio Parruque, entrega numa clara demonstração de preocupação com as enchentes que caracterizam aquele ponto de travessia.
Refira-se que o caudal do rio Umbeluzi, que alimenta a Barragem dos Pequenos Libombos, atravessa igualmente o Drift de Mazambanine. Devido às últimas chuvas e descargas dos países vizinhos o seu caudal subiu alagando consequentemente aquele drift e outras áreas.
De acordo com o Governante, os Distritos mais afectados são de Matutuine, Boane, Matola e Manhiça, deixando cerca de 2.033 hectares inundados, 118 hectares perdidos, afectando mais de 1.507 famílias a nível de toda a província.
“Porque problemas do género resolvem-se no tempo seco”, explicou que procedera com a entrega da embarcação para minimizar o problema, ciente da necessidade de uma intervenção mais consistente e estruturada, pois aquele ponto dá acesso à nova cidadela de Boane.
Seguidamente, o Governador de Maputo, testemunhou ao incremento do nível de descarga da Barragem dos Pequenos Libombos dos actuais 60m3/s para cerca de 120m3/s que perdurará pelas próximas 72 horas, após as quais voltará para 60m3/s. O objectivo desta operação é mesmo de garantir que a capacidade da barragem baixe para o nível de 85% contra os 92.8% da manhã das últimas 24 horas.
Face às consequências nefastas destas cheias, Júlio Parruque, recomendou às populações ribeirinhas para retirar as motobombas dos rios, retirar os animais para áreas seguras, intensificar os banhos carracicidas para reduzir o impacto das carracas, suplementar o gado para reduzir o stress, realizar limpeza dos curais para reduzir o matope e evitar problemas nos cascos nos animais, tratar dos animais doentes, reportar todos casos que forem detectados que afectam os efectivos pecuários. E para a transitabilidade através de meios circulantes, utilizar as vias alternativas.
Aurelio Sambo – Correspondente