O porta-voz do Conselho de Ministros de Moçambique, Filimão Suazi, afirmou que a declaração de estado de emergência adotada para prevenir a Covid-19 levou ao encerramento precipitado de alguns estabelecimentos comerciais.
“Efetivamente terá havido alguma confusão que terá resultado no encerramento precipitado de algumas instituições comerciais”, disse no final de uma reunião extraordinária do órgão governamental, feita para discutir as medidas efetivas a aplicar durante o estado de emergência, em vigor até ao final de abril.
Esta situação deve-se à confusão em volta das medidas a vigorar, que irão ser detalhadas, publicadas e divulgadas nesta quinta-feira, 02 de abril.
Por causa do sucedido, várias lojas do centro de Maputo encerraram mais cedo na quarta-feira, com alguns vendedores a alegarem ter a informação de que o deveriam fazer e outros a dizerem ter recebido ordens da polícia.
Segundo Suazi, circularam informações nas redes sociais que “não correspondem à verdade” e que, inclusivamente, terão sido motivo de debate em órgãos de comunicação social. O encerramento de lojas “só se justificará”, explicou, quando o país estiver “nas medidas de nível 4” na escala de restrições, que começa no nível 1, menos severo.
“Por agora, o que fazemos é regular, limitar, condicionar o funcionamento de serviços públicos e privados e não necessariamente proceder como se tem procedido noutros países de que já temos exemplos daquilo a que se chama de ‘lockdown’ [recolher obrigatório]. Essas serão medidas de nível 4”, acrescentou, encontrando-se o país “nas medidas de nível 3”, onde se condiciona, em vez de encerrar, o funcionamento “de estabelecimentos comerciais ou de qualquer natureza”.