O Ministério dos Recursos Minerais e Energia de Moçambique, através do Instituto Nacional de Petróleo, esclareceu que a petrolífera francesa Total continua a ser concessionária e operadora da Área 1 Offshore da Bacia do Rovuma, em Afungi, na província de Cabo Delgado.
O Governo reiterou, através de um comunicado, que as autoridades moçambicanas continuam a trabalhar para repor as condições normais de segurança, devido aos frequentes ataques terroristas ocorridos nesta zona Norte do país. O objetivo é assegurar que as atividades no empreendimento sejam “retomadas o mais breve possível”.
As declarações foram feitas nesta segunda-feira, 26 de abril, o mesmo dia em que a Total, a partir dos seus escritórios em Paris, na França, declarou juntos aos parceiros motivos de “força maior” para justificar a retirada de todos os seus colaboradores destacados em Afungi.
Segundo a multinacional, a medida visa ainda “mitigar os efeitos negativos decorrentes da aplicação de contratos e custos em bens e serviços que não podem ser prestados ou utilizados durante este período em que as atividades estão suspensas, facto que teria efeitos negativos no custo global do projeto”.
“Com a interrupção temporária das operações a Total não poderá, durante este tempo, cumprir com as obrigações contratualmente assumidas e poderá ainda vir a suspender ou rescindir mais contratos com outros prestadores de bens e/ou de serviços, dependendo do tempo que durar a interrupção”, explicou.
“Confirmamos que todas as atividades de campo relacionadas com a construção das infraestruturas do Projeto Golfinho/Atum estão temporariamente suspensas, devendo ser retomadas assim que a situação de segurança for reposta, para assegurar a integridade física e segurança dos trabalhadores bem como a proteção destas infraestruturas”, pode ainda ler-se.