O primeiro-ministro moçambicano, Carlos Agostinho do Rosário, afirmou que o país quer usar 62% de energias renováveis até 2030. O compromisso foi assumido nesta terça-feira, 02 de novembro, no discurso realizado na Cimeira dos líderes mundiais no quadro da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-26).
“Constitui prioridade para Moçambique a implementação de um programa de transição energética assente numa matriz diversificada, com fontes mais limpas e amigas do ambiente, que estão em consonância com os programas de desenvolvimento do nosso país”, declarou o governante, citado pelo jornal “O País”.
As apostas indicadas foram as energias hidroelétrica, solar e eólica. No entanto, Agostinho do Rosário realçou que deixar de produzir energia com base em fontes fósseis tem custos e, como tal, trata-se de um processo que necessitará de ser efetuado de forma faseada.
“Moçambique defende uma transição energética para energias mais limpas e amigas do ambiente que seja gradual e faseada, de modo a minimizar o impacto no processo de desenvolvimento económico do nosso país”, explicou.
Segundo o primeiro-ministro, Moçambique pretende fazer o processo de transição energética através do gás natural, apesar de este não ser considerado uma energia amiga do ambiente. “Moçambique se propõe a utilizar o gás natural como energia de transição para fontes mais limpas”, partilhou, de maneira a que sejam alcançados os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.