O líder da Renamo, Ossufo Momade, afirmou que o Governo rejeitou a integração de 12 ex-guerrilheiros do principal partido da oposição na Polícia da República de Moçambique (PRM). A justificação dada foi a de que os visados não tinham os requisitos necessários.
“Nós temos 35 guerrilheiros que vão ser integrados nas forças de proteção de altas individualidades [uma unidade da PRM], mas antes de irem para lá há uma inspeção que é feita. E quando fizeram a inspeção, 12 ficaram de fora e outros já seguiram”, partilhou.
As declarações foram feitas à margem de um evento partidário, realizado na cidade da Beira, capital da província de Sofala. O dirigente acrescentou que a formação política está a selecionar antigos guerrilheiros para integrarem a polícia, de maneira a substituírem aqueles que foram devolvidos por falta de qualificações.
“Neste momento estamos a fazer uma nova seleção de outros oficiais, para que possam fazer parte do grupo”, explicou.
A integração de ex-guerrilheiros da Renamo na PRM faz parte do processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) previsto no Acordo de Paz e Reconciliação Nacional. O documento foi assinado pelo Governo e pela Renamo a 06 de agosto de 2019.
No âmbito do processo de DDR, 2.307 antigos combatentes da Renamo já foram para casa. A meta é alcançar cerca de cinco mil ex-guerrilheiros.