O Governo moçambicano garantiu publicamente que os livros escolares de distribuição gratuita irão chegar aos alunos a tempo, tendo sido adquiridos 14 milhões de livros da primeira à sétima classe e em todas as disciplinas. O material chegará aos distritos até meados de janeiro de 2019.
Este número de livros didáticos costuma ser obtido anualmente por parte do Governo e é depois distribuído gratuitamente para cerca de seis milhões de alunos. O custo anual da cadeia de provisão do livro escolar em Moçambique é de cerca de 17 milhões de dólares americanos (14.907.200 euros), garantidos por 11 parceiros de cooperação através do Fundo de Apoio ao Sector da Educação (FASE).
Para assegurar que os locais de difícil acesso tenham o referido material antes dos constrangimentos decorrentes da chuva e de outros problemas nesta época chuvosa, que se prolonga até março, o Governo já iniciou o processo de distribuição. Os distritos de Morrumbala, Mopeia, Nicoadala e Chinde, na província da Zambézia, e Massinga e Zavala, em Inhambane, já dispõem desses livros, de acordo com a ministra da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH), Conceita Sortane.
“O livro já está no terreno, já estamos a distribuir. O que nós estamos a fazer é evitar aquilo que aconteceu no ano passado. O livro já estava em Moçambique, mas atrasou porque é impresso no exterior. Depois de termos feito a receção decidimos que o livro deve ir aos distritos, tendo em conta as chuvas que têm ocorrido nos finais de dezembro para janeiro”, declarou.
Em relação à venda ilegal dos livros de distribuição gratuita, Sortane afirmou que o Governo não vai perdoar estes acontecimentos. “No ano passado tivemos que criar mecanismo para carimbar o livro, porque as escolas privadas não tinham tido livros. Entretanto, tem havido um caso e outro, situações de má-fé em que fazem a venda do livro. Há procedimentos legais, como por exemplo: processar”, explicou.
Para 2019 foram adquiridos 14.778.363 livros para o ensino primário, sendo 14.341.863 para os alunos da primeira á sétima classe, além de 274.500 manuais e 162.000 guiões de professores. A ministra disse ainda que para a terceira classe, que será ministrada com num novo currículo a partir do próximo ano, foram comprados mais de 2.129.000 livros. Os manuais usados de há anos até 2018 caíram em desuso.