O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, anunciou nesta quarta-feira, 30 de setembro, que vai “apertar mais na fiscalização e responsabilização” devido ao incumprimento das medidas de prevenção e combate à Covid-19.
Isto porque, explicou, tem havido um aumento do número de pessoas infetadas em Moçambique, principalmente em Maputo, capital do país. Nesta cidade a capacidade de internamento está no limite, acrescentou.
“A taxa de ocupação de camas na cidade de Maputo triplicou nas últimas três semanas”, salientou também.
Ainda segundo o governante, “atualmente, 100 por cento das camas dos cuidados intensivos” na capital do país está ocupada.
“Estamos a dizer aqui em Maputo, onde temos mais capacidade do que o resto do país, todas as camas que tinham sido preparadas estão ocupadas. Significa que se um de nós estiver infetado ou numa situação já de doença pode não ter espaço no hospital. E, sobretudo, não ter ventilador. Eticamente, os médicos não vão tirar o ventilador ou tirar da cama aquele que está doente para” acomodar outro paciente.
“Quando nós dissemos que iríamos relaxar ou desconfinar, as pessoas pensaram que a doença acabou. Não acabou, está a matar mais ainda”, frisou igualmente o chefe de Estado, mencionando que “alguns dos nossos concidadãos, quando se encontram nas praias, se comportam como se a situação da pandemia já estivesse controlada. Não observam nenhuma medida de prevenção”.
Como tal, as medidas preventivas e restritivas no sentido de “retardar o pico da pandemia” e proteger o sistema nacional de saúde “não estão a ser devidamente cumpridas”, finalizou.