Os funcionários e agentes do Estado afetos ao Município de Nacala suspenderam no domingo, 22 de janeiro, a greve iniciada no dia 4, mesmo sem nenhum acordo com a edilidade sobre o pagamento dos salários referentes aos meses de Novembro, Dezembro e décimo terceiro mês.
Depois de 18 dias de protesto no Conselho Autárquico de Nacala, eis que a liderança oficial da greve formalizou a suspensão imediata de greve e o retorno às actividades a partir desta segunda feira, 23 de janeiro. O facto deveu-se às acusações mútuas entre grevistas, que ultimamente já se encontravam fragmentados em alas, em busca de protagonismo e proveito particular no assunto.
Entretanto, os representantes dos grevistas convocaram a imprensa para formalizar o acto da entrega das chaves e da carta com as condições para o término da paralisação das actividade.
“Custou muito tomar essa decisão, porque as portas estão a ser abertas sem recebermos o que estamos a reivindicar e sem receber os nossos salários. Também pedimos desculpas ao povo Nacalense pois não podemos ficar indiferentes ao que está acontecer na Cidade de Nacala. Acreditamos que o Presidente vai cumprir o que prometeu por isso demos voto de confiança” explica Vialina Gouveia, representante dos grevistas.
Importa referir que até aqui nenhuma das reivindicações foi solucionada, sendo que a iniciativa de suspensão de greve visa salvaguardar os interesses públicos e evitar um mal maior, não só aos grevistas mas também aos munícipes.
De acordo com Chandek Niconela, um dos grevistas, embora não tenham sido pagos os salários em causa, a suspensão anunciada pela liderança foi sábia e visionária, no fim todos aproveitamentos deverão cair em terra ou quem quiser dar continuidade à greve, que faça da sua forma.
“Também a suspensão não significa relaxamento ou vitória do executivo liderado pelo Raul Novinte, como em outras ocasiões afirmamos, prevemos que num futuro próximo poderemos assistir à segunda edição de greve dos funcionários do Conselho Autárquico de Nacala, caso prevaleça o não pagamento dos salários e não cumprimento de outras reivindicações que já são do conhecimento do Presidente e seu executivo” disse.
Aurelio Sambo – Correspondente