O julgamento das “dívidas ocultas”, maior caso de corrupção do pós-independência em Moçambique, vai começar a 23 de agosto. Recorde-se que foi esta situação que fez com que fosse suspenso o auxílio orçamental ao país por parte dos seus parceiros externos.
Sabe-se que o primeiro réu a ser ouvido será Cipriano Mutota, ex-quadro do Serviço de Informações e Segurança do Estado (SISE), secreta moçambicana. Já o último réu a ser ouvido será António Carlos do Rosário, a 01 de setembro. Vão ser ouvidos dois réus por dia, num total que ultrapassa os dez declarantes.
O antigo Presidente da República, Armando Guebuza, vai ser ouvido como declarante a 06 de outubro. Já o atual chefe de Estado de Moçambique, Filipe Nyusi, que na altura em que aconteceram as referidas dívidas era ministro da Defesa de Guebuza, encontra-se fora da lista de declarantes.
O filho de Armando Guebuza, Ndambi, está igualmente envolvido no processo, sendo um dos réus detidos.