O antigo Presidente da República de Moçambique, Armando Guebuza, foi arrolado como réu no caso das dívidas ocultas. Quem o tornou arguido foi a Procuradoria Geral da República (PGR) no Tribunal Superior da Justiça da Inglaterra (High Court of Justice, em inglês).
O nome do governante que comandou Moçambique entre 2005 e 2014 consta assim de um despacho do referido tribunal. Do documento fazem ainda parte outros sete réus moçambicanos, como Manuel Chang (ex-ministro das Finanças), António do Rosário (oficial do SISE – Serviços de Informação e Segurança do Estado), Armando Ndambi Guebuza (primogénito do ex-chefe de Estado Guebuza), Teófilo Nhangumele, Bruno Tandane Langa, Gregório Leão José (antigo Diretor do SISE) e Isaltina Lucas (ex-Diretora Nacional de Tesouro).
A lista de arguidos é encabeçada pelo empresário franco-libanês Iskandar Safa, proprietário da Privinvest Holding.
Recorde-se que o caso das dívidas ocultas está em julgamento no Tribunal Superior da Justiça da Inglaterra desde 26 de maio, tendo sido movido pela PGR em representação do Estado moçambicano.
Este é assim o primeiro tribunal a arrolar Armando Guebuza como uma das pessoas relevantes a serem ouvidas, de modo a auxiliar no esclarecimento do caso. Isto porque, enquanto Presidente, o visado autorizou a implementação do Projeto de Proteção da Zona Económica Exclusiva de Moçambique.
Tal deu origem às três empresas envolvidas no caso das dívidas ocultas, que são a Empresa Moçambicana de Atumo (EMATUM), a ProIndicus e a Mozambique Asset Management (MAM).
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Achei isso muito interessante.