A organização internacional Repórteres Sem Fronteiras (RSF) publicou o seu mais recente Relatório do Índice Global sobre a Liberdade de Imprensa, onde concluiu que é cada vez mais difícil ser jornalista em Moçambique.
O país caiu quatro lugares no Índice Global da Liberdade de Imprensa, tendo ido da posição 104, em 2020, para a posição 108, em 2021. Ao todo, são avaliados 180 países.
Ao nível de pontuação, Moçambique obteve 35.39 pontos em 2021, o que torna a situação da imprensa moçambicana “difícil”. Em 2020 foram 33.79 pontos, significando isso que a situação da liberdade de imprensa era “sensível”.
Nestas avaliações a pontuação sobre a situação da Liberdade de Imprensa varia de 0 a 100, sendo de 0 a 15 pontos considerada “Boa”, de 15.01 a 25 pontos “relativamente boa”, de 25.01 a 35 pontos “sensível” e de 35,01 a 55 pontos “situação difícil”. Por fim, de 55.01 a 100 é considerada “situação grave”.
Um dos motivos da atual pontuação de Moçambique deve-se ao “blackout de informação no norte do país”, frequentemente atacado por terroristas. Este “apagão de informações não poupa os veículos internacionais, que encontram cada vez mais dificuldades em obter autorizações para abordar esses assuntos”.
Os últimos lugares do Índice Global sobre a Liberdade de Imprensa são ocupados pela Eritreia (180.º), Coreia do Norte (179.º), Turquemenistão (178.º), China (177.º) e Djibuti (176.º).