O líder da Junta Militar da Renamo (JMR), Mariano Nhongo, voltou a ameaçar que vai agir através de uma ação militar, colocando em causa a segurança da campanha eleitoral, que arrancou no sábado, 31 de agosto.
“Não haverá eleições” caso o Governo não negoceie os acordos de paz com a JMR antes das eleições gerais de 15 de outubro, garantiu o dirigente, tendo acrescentado que, “se insistirem em fazer campanha, vai morrer muita gente”.
O general e também fundador do referido grupo avisou que não vai assistir ao “arruinar” da democracia com a implementação dos acordos assinados a 06 de agosto entre o Presidente da República, Filipe Nyusi, e o líder da Renamo, Ossufo Momade.
A JMR classifica estes acordos de “secretos” e “fruto de um acto de traição”, alegando terem sido rubricados à revelia de órgãos do maior partido da oposição no país. “Pensa que ao rejeitar (a renegociação) nós vamos para onde?”, questionou o representante, sublinhando que “somos moçambicanos e continuamos com as armas”.