O terceiro congresso do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) começou na passada sexta-feira, 03 de dezembro. O novo líder do partido, Lutero Simango, foi eleito no fim de semana, segundo “O País”.
O evento durou três dias e contou com cerca de 600 membros, que participaram no sufrágio. Recorde-se que eram três os candidatos à presidência, entre eles Lutero Simango, irmão do falecido antecessor Daviz Simango e chefe da bancada parlamentar do MDM, José Domingos, secretário-geral do partido, e Silvério Ronguane, académico e deputado que concorreu à presidência do município da Matola pelo MDM nas eleições autárquicas de 2018.
José Domingos não esperou pela votação, tendo subido ao pódio e anunciado a retirada da sua candidatura à presidência da formação política. Neste sentido, abandonou a tenda do congresso juntamente com os seus apoiantes, mesmo antes de iniciar o sufrágio, alegando que o protocolo do congresso estava a favorecer um dos candidatos.
Tratou-se de uma eleição antecedida de episódios de desconfiança, confrontação verbal e física. Com apenas dois candidatos a disputarem a eleição, Simango alcançou 452 votos (88%) contra 51 votos de Silvério Ronguane (10%). Houve nove votos nulos e dois em branco.
“Quero, mais uma vez, agradecer a confiança depositada. Este momento não é de discursos, mas simplesmente celebrar a nossa democracia interna. E na hora do encerramento do nosso III congresso farei uma comunicação pública e nacional”, declarou o vencedor.
Por sua vez, Ronguane agradeceu os 10%, que para si são motivo de alegria. “O meu sentimento é de alegria porque saio daqui com 10%, porquanto 10% para nós é o resultado maravilhoso. Quero agradecer, desde já, a todos aqueles que acreditam nesta causa, nos apoiaram, e estou agora disponível para liderar a oposição dentro do partido”, partilhou.