A Organização Internacional para as Migrações (OIM) divulgou uma estimativa de 7.780 deslocados em Moçambique devido aos ataques ocorridos no centro do país. As vítimas deste cenário estão assim em fuga, após vários ataques levados a cabo por dissidentes da Renamo.
No relatório divulgado pela referida organização lê-se que “um aumento dos ataques violentos em áreas dos distritos de Gôndola (província de Manica), Chibabava e Buzi (província de Sofala) desencadeou movimentos populacionais”, sendo então identificadas “cerca de 7.780 pessoas deslocadas (1.507 famílias) entre 20 e 22 de setembro”.
“A maioria dos deslocados internos ocupa abrigos improvisados em locais escolhidos como zonas de acampamento, enquanto outros foram acolhidos por família e comunidades”, refere ainda o documento.
Parte dessas famílias estará a receber ajuda humanitária vinda das autoridades, incluindo comida, água, saneamento, roupa e abrigo.
Estes ataques feitos pela autoproclamada Junta Militar da Renamo, liderada pelo general Mariano Nhongo, têm ocorrido desde agosto de 2019. Tal deve-se à discordância com o novo acordo de paz celebrado entre a oposição e o Governo.
Os ataques constantes incluem violência contra transportes de civis, algumas aldeias e autoridades, através de tiros de metralhadora que já provocaram cerca de 30 mortos em 14 meses.