O IV Recenseamento Geral da População e Habitação divulgou que o número de agregados familiares que são chefiados por adolescentes e jovens em Moçambique aumentou para mais de 900 mil.
O número de agregados familiares no país corresponde a 6.145.684, quase o dobro dos 3.634.581 que existiam em 1997 e superior aos 4.634.887 contabilizados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) em 2007. Nesse universo, “cerca de 15 por cento dos agregados familiares são chefiados por adolescentes e jovens com idade entre 12 a 24 anos”, refere o INE nas estatísticas sobre Mulheres e Homens em Moçambique, em 2018, que foram recentemente tornadas públicas. Tal significa um aumento de 6 por cento comparativamente a 2017.
Foi registada ainda uma mudança radical no género dos adolescentes e jovens que são chefes de família do universo de 921.852 agregados familiares, uma vez que 65,5 por cento passaram a ser chefiados por cidadãos com idade entre 12 a 24 anos do sexo masculino e apenas 34,5 por cento pelo sexo feminino.
A estatística sobre Mulheres e Homens em Moçambique de 2017 indicava que 74,3 por cento dos agregados chefiados por adolescentes e jovens eram do sexo feminino e que só 25,7 por cento era chefiado por rapazes.