A ministra da Administração Estatal e Função Pública de Moçambique, Ana Comoana, partilhou que cerca de cinco mil funcionários públicos foram afetados pelas ações terroristas na província de Cabo Delgado. Mais de 50% destes deslocados são professores, seguidos de agentes da saúde e diferentes serviços das sedes distritais.
A informação foi avançada nesta segunda-feira, 01 de novembro, depois de Comoana ter sido ouvida pela Comissão de Petições, Queixas e Reclamações da Assembleia da República.
De acordo com o jornal “O País”, a ministra disse na ocasião que o terrorismo causou grandes prejuízos e desorganização no sistema. No entanto, acrescentou, tudo está a ser feito para garantir o normal funcionamento dos serviços públicos nas zonas afetadas pelas invasões armadas.
“Antes do retorno às zonas de origem, o que temos estado a acautelar é que o funcionário se apresente às autoridades mais próximas para a sua reintegração ou pelo menos ocupação. Este é o trabalho feito a nível dos trabalhadores da saúde, educação e outros dos serviços afins”, declarou.
Estas ações têm começado a ser implementadas desde que as tropas moçambicanas, ruandesas e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC, na sigla inglesa) começaram a combater com sucesso os insurgentes. O Plano de Reconstrução de Cabo Delgado tem robustecido a reabilitação e reconstrução da província em questão.
“Temos muito bem indicadas neste plano as ações que têm a ver com a reabilitação e reconstrução dos diferentes edifícios, para que os serviços públicos possam retomar. Mas, antes disso, nós providenciamos equipamentos, como tendas, edifícios móveis pré-fabricados, entre outras condições, onde irão funcionar os serviços”, avançou.