O enviado especial do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) para Moçambique, Mirko Manzoni, está a ser acusado de ter oferecido quatro milhões de dólares norte-americanos (três milhões de euros) ao líder da autoproclamada Junta Militar da Renamo, Mariano Nhongo.
Manzoni é também coordenador do grupo de contacto entre a Renamo e o Governo no processo de Desarmamento, Desmilitarização e Reintegração (DDR) dos homens armados do referido partido. Nesse âmbito, manteve conversações com Nhongo na província de Sofala.
O “Africa Monitor”, publicação editada em Lisboa, capital portuguesa, avançou que Manzoni ofereceu a Nhongo contrapartidas financeiras para a auto-dissolução da Junta Militar da Renamo e a adesão ao processo de DDR. O general, dirigente do grupo armado, terá rejeitado esta proposta.
Depois dessa rejeição, Manzoni terá, alegadamente, recorrido ao deputado Manuel Bissopo, antigo secretário-geral da Renamo, que é conotado como oposição interna à atual liderança de Ossufo Momade e mais próximo de Nhongo.