O ex-braço direito do dirigente da autoproclamada Junta Militar da Renamo (JMR), Mariano Nhongo, apelou à aprovação de uma Lei de Amnistia para proteger e encorajar os guerrilheiros da JMR que queiram abandonar as matas na zona centro de Moçambique.
André Matsangaissa Júnior pediu também uma trégua definitiva e a retirada das Forças de Defesa e Segurança (FDS) que se encontram instaladas na região centro do país.
“Eu gostaria que haja uma trégua definitiva, que é a primeira segurança, e dentro desta trégua tem que haver uma Lei de Amnistia que defende os militares quando saírem das matas”, afirmou numa conferência de imprensa realizada em Maputo.
Foi igualmente solicitada a retirada das FDS que estão na região centro do país, “porque já não existe a Junta para andar a fazer guerra para se defender”. Segundo a mesma fonte, a JMR está engajada num diálogo para permitir a saída de todos os membros, de maneira a que sejam enquadrados no processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR).
Matsangaissa Júnior salientou que a retirada das FDS na região poderá acelerar o DDR. “[Os guerrilheiros] devem sair, mas saírem em frente das Forças de Defesa [e Segurança] não é possível”, explicou, acrescentando que o processo poderia ter ainda a assistência de capacetes azuis, forças pacificadoras das Nações Unidas.