O presidente do MDM, Daviz Simango, criticou nesta quarta-feira, 16 de dezembro, o modelo de apresentação da informação sobre o estado da Nação. A mesma foi feita pelo Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, no Parlamento.
A crítica deve-se ao facto de Simango considerar essencial a abertura de espaço para perguntas dos deputados. “O modelo adotado, que as bancadas parlamentares não colocam as suas perguntas ao chefe de Estado, é uma amputação à democracia”, defendeu.
A posição foi manifestada à comunicação social na Beira. Para o dirigente, o modelo ideal consiste em haver abertura de espaço para um diálogo franco, em que o chefe de Estado é questionado pelos deputados sobre temas importantes no panorama político e económico.
“Este modelo retira o direito do cidadão de cultivar a participação democrática. É necessário um debate entre o chefe de Estado e os [representantes] dos eleitores para decepar as dúvidas sobre as matérias levantadas”, disse ainda.
Quanto ao discurso que foi feito pelo governante, Simango disse que esperava ouvir informações acerca do real impacto da pandemia da Covid-19 na vida do povo, uma vez que há crise no setor empresarial imposta pelas restrições adotadas face a esta doença.
“Parece uma contradição que, perante o encerramento de diversas empresas face à Covid-19, haja a abertura de empreendimentos e suficientes postos de trabalho [como disse o Presidente]. Portanto, nestas condições ainda não encontramos a resposta inovadora nem renovada esperança”, finalizou.