O escritor moçambicano Mia Couto afirmou que o líder da autoproclamada Junta Militar da Renamo, Mariano Nhongo, escolheu o fim que teve. Recorde-se que o dirigente foi morto pelas Forças de Defesa e Segurança na segunda-feira, 11 de outubro.
Mia Couto explicou o seu ponto de vista ao dizer que o Governo de Moçambique deu todas as possibilidades a Nhongo para dialogar e chegarem a um acordo pacífico. “Não se pode legitimar esta via de que, alguém que esteja em discordância com o Governo, fabrica uma pequena guerra e depois tenta com isso obter vantagem política”, defendeu.
“Está aberta em Moçambique uma democracia em que as pessoas podem participar de uma outra maneira, cívica se usar a violência. Portanto eu acho que infelizmente, foi ele próprio, o Nhongo, escolheu este fim”, concluiu.
As observações foram feitas nesta quarta-feira, 13 de outubro, na altura em que realizava em Maputo o lançamento do seu livro de contos intitulado “o Caçador de Elefantes Invisíveis”.