Os oficiais militares da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC, na sigla inglesa) deverão recomendar aos chefes de Estado regionais, ainda nesta semana, que uma força regional de resposta rápida de quase 3.000 membros seja enviada para a província moçambicana de Cabo Delgado.
O objetivo é auxiliar o país africano no combate e na neutralização dos terroristas que têm atacado frequentemente Cabo Delgado desde outubro de 2017, de maneira a recuperar o território que eles tomaram.
A força de intervenção proposta de 2.916 soldados incluiria três batalhões de infantaria leve de 630 soldados cada e dois esquadrões de forças especiais de 70 soldados cada. Também integraria dois helicópteros armados, dois helicópteros de ataque, um submarino, dois navios de patrulha de superfície, uma aeronave de vigilância marítima e outra aeronave de apoio logístico, equipamento e pessoal.
A proposta foi feita depois de uma visita de uma semana a Moçambique, que decorreu de 15 a 21 de abril, para avaliar a ajuda que o país necessitava. Essa missão foi encarregada de conduzir a avaliação por uma cúpula da dupla troika da SADC realizada em Maputo, a 08 de abril, após o ataque a Palma, a 24 de março.
Caberá ao Presidente de Moçambique, da África do Sul, do Botsuana e do Zimbabué, estes três últimos enquanto líderes da troika do órgão de segurança, decidir se aceitam ou rejeitam a recomendação de uma força de intervenção militar da SADC. Tal será analisado numa reunião que irá decorrer nesta quarta-feira, 28 de abril, em Maputo, capital moçambicana.