A Missão de Observação Eleitoral da União Europeia (UE) condenou o assassinato do Diretor Executivo do Fórum das Organizações Não Governamentais de Gaza (FONGA), e também observador eleitoral, Anastácio Matavel, que foi morto a tiro na segunda-feira, 07 de outubro, em Moçambique.
“A missão condena veementemente o ataque que resultou na morte de uma figura-chave da observação eleitoral moçambicana”, pode ler-se no comunicado divulgado.
Os observadores da UE apelaram às autoridades competentes “que investiguem este ato violento e assegurem que os agressores são responsabilizados pela sua conduta criminosa”, acrescentando que “violentos confrontos entre simpatizantes dos diferentes partidos políticos continuaram durante a campanha eleitoral sem que houvesse uma forte, clara e persistente condenação por parte dos líderes políticos e das autoridades competentes”.
A missão, que já tinha apelado publicamente contra a violência, voltou a pedir às autoridades competentes para que tomem “as medidas necessárias para mitigar a violência eleitoral e promover um ambiente seguro para a realização e observação das eleições”, tendo lamentado a “escalada de violência” na campanha, que, entre acidentes e outros actos, já terá causado mais de 38 vítimas mortais, de acordo com o Centro de Integridade Pública (CIP).
“A observação nacional é uma componente fundamental de um processo eleitoral credível”, lê-se ainda no documento, onde é referido que “qualquer ato que afete ou limite a capacidade dos observadores nacionais em desempenhar o seu papel essencial é um obstáculo inaceitável à transparência das eleições e ao respeito pela participação dos cidadãos”.