O arguido Ndambi Guebuza, filho do ex-Presidente moçambicano Armando Guebuza, disse durante o julgamento das “dívidas ocultas” que não se lembrava de nada e negou assim o seu envolvimento neste caso polémico.
Guebuza júnior distanciou-se de todas as acusações de que é alvo e declarou então não ter nada a ver com aquilo de que foi acusado. As declarações foram feitas perante o Juiz Efigênio Baptista, que confrontou o réu com os emails comprometedores retirados da sua conta pessoal.
“Eu tenho aqui vários emails do senhor Jean Bustani, do senhor, mas o senhor diz que não tem conhecimento de assuntos ligados ao processo, sobre conceitos ligados a infraestruturas do SPV, para o senhor encaminhar ao chefe, como aqui está escrito. Por isso volto a fazer a mesma questão: senhor Ndambi, esteve envolvido no processo de Protecção da Zona Económica Económica Exclusiva?”, perguntou o magistrado.
Em resposta a essa questão, Guebuza não confirmou a recepção e nem o envio dos emails. “Não meritíssimo, não estive envolvido”, afirmou.
“Não, não, não, não confirmo a recepção dos emails, meritíssimo. Meritíssimo, eu recebo muitos emails. Eu já recebi tanta coisa, porque eu era parceiro do Bustani”, reiterou.
No entanto, Teófilo Nhangumele, outro arguido deste processo e ouvido na semana passada no mesmo julgamento, confirmou que viajou com Ndambi Guebuza para a Alemanha e para Abu Dhabi, onde diz ter ido atrás de oportunidades.