Teófilo Nhangumele foi o segundo arguido a prestar declarações perante o juiz no julgamento das “dívidas ocultas”, três dias após o início das audições. O réu disse que foi afastado do projeto de proteção costeira por não ser membro das Forças de Defesa e Segurança de Moçambique.
Nhangumele era o consultor principal do Projeto de Proteção Costeira. No entanto, foi afastado por ser considerado um agente estranho ao Estado.
A informação desse afastamento foi dada inicialmente pelo arguido Cipriano Mutota, amigo de Teófilo Nhangumele e o primeiro a ser ouvido neste julgamento. Mais tarde, o sucedido voltou a ser confirmado, dessa vez pelo então ministro da Defesa Nacional, Filipe Nyusi, que é atualmente Presidente da República de Moçambique.
“Confirmou-me a mim, Sua Excelência Ministro da Defesa. Falou de boas maneiras, que ‘olha, nós vamos ter que prescindir da sua contribuição porque tu não és membro das Forças de Defesa e Segurança’. Essa reunião foi eu e ele porque eu ia lhe entregar a carta em inglês que eu havia traduzido”, explicou Nhangumele.