O líder da autoproclamada Junta Militar da Renamo, Mariano Nhongo, afirmou que está disposto a “negociar com o Governo”. Esta é a reação à decisão do Presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi, ter dado trégua de uma semana ao grupo armado para ser possível dialogar sem haver guerra.
Nhongo, que continua a fazer declarações por telefone, impôs, no entanto, duas condições para que a conversa aconteça. Disse que só vai aceitar dialogar com o chefe de Estado se este publicar o documento que o dirigente da Junta Militar enviou, onde estão escritas as preocupações do grupo.
Para o também general trata-se então de uma condição essencial, tendo mencionado a publicação do documento como peça-chave, uma vez que considera que o mesmo deve ser do conhecimento do povo.
“Não há negociação se ele não divulgar o documento. Eu não vou aceitar ser enganado. Eu não vou enganar o povo. Estou no mato a sofrer com a fome para defender o povo. Não há negociação se ele não divulgar o documento. Ler todo aquele documento para todo o ovo ouvir”, exigiu.
Outra das condições é que o presidente da Renamo, Ossufo Momade, seja afastado como interlocutor ativo na comunicação com o partido. Quando essas condições forem aceites e colocadas em prática “não haverá mais a Junta Militar a disparar”, assegurou.
Assim, mostrou que não está disposto a entrar em “negociações falsas”, tendo mencionado que as tentativas anteriores fracassaram devido à falta de honestidade do Governo, que não cumpriu o acordado.