O juiz Efigénio Baptista, responsável pelo processo das “dívidas ocultas”, decidiu que nove dos 19 arguidos vão ser absolvidos. Segundo o magistrado do Tribunal da Cidade de Maputo, não há indícios de crimes cometidos por esses réus.
Baptista ter-se-á concentrado nas provas de crimes cometidos por figuras como o ex-diretor-geral do Serviço de Inteligência e Segurança (SISE), Gregório Leão, e o seu adjunto, o ex-chefe de Inteligência Económica, António Carlos do Rosário, além de Ndambi Guebuza, o filho mais velho do ex-Presidente da República Armando Guebuza.
No entanto, no sábado, 03 de dezembro, terá mudado para a evidência, ou falta dela, para crimes cometidos por figuras menores. Rejeitou o caso contra três funcionários da casa de câmbio Africaambios, sendo eles Naimo Quimbine, Kessuage Pulchand e Simione Mahumane.
“É fácil concluir que o motivo da alteração do contrato inicial da Proindicus foi a recusa de Ndambi Guebuza em partilhar a propina de 50 milhões de dólares com Gregório Leão e António Carlos do Rosário”, declarou o juiz, citado pela “AIM”.
“Com o contrato de financiamento já assinado, a única forma que encontraram para obter dinheiro adicional da propina foi alterar o contrato de fornecimento e, consequentemente, o contrato de financiamento”, concluiu.