O grupo naval Privinvest acusa o Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, de ter sido o “principal motor” das “dívidas ocultas”. A acusação foi feita durante o julgamento do caso das dívidas ocultas, que está a decorrer em Londres.
Segundo a Privinvest, o governante moçambicano foi o “principal motor” dos contratos entre o Estado de Moçambique e a Privinvest. A afirmação foi feita pelo advogado Duncan Matthews QC, que representa a Privinvest neste caso e que foi ouvido na semana passada no Tribunal Superior de Londres, em Inglaterra.
Matthews acusou o Governo moçambicano de tentar evitar que Nyusi fosse investigado como resultado do processo que o Executivo de Maputo intentou contra a Privinvest, o banco Credit Suisse e outros.
Recorde-se que o nome de Nyusi foi um dos retirados da lista do Tribunal Supremo para não ser ouvido no julgamento das dívidas ocultas, tal como aconteceu com o ex-Presidente moçambicano Armando Guebuza, entre outros.
Ainda de acordo com o advogado, além de ser o principal contratante, Filipe Nyusi e a sua família beneficiaram pessoalmente dos equipamentos adquiridos nos termos dos contratos.
“A sobrinha dele trabalhava numa das SPVs [empresas estatais ou veículos de propósito específico], a ProIndicus”, acrescentou, partilhando igualmente que um dos pagamentos da Privinvest a Nyusi tinha sido feito por ela e por uma empresa chamada Sunflower.