O Presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi, anunciou nesta quinta-feira, 07 de outubro, o abate do líder terrorista Muhamudu. Este foi responsável por conduzir um massacre de 51 jovens em 2019, em Xitaxi, situado no distrito de Muidumbe, na província moçambicana de Cabo Delgado.
O motivo do assassinato dos 51 jovens deve-se ao facto de os mesmos terem negado entrar para as fileiras do grupo terrorista que Muidumbe liderava.
O anúncio de Nyusi foi feito durante a cerimónia de encerramento do 18°. curso das Forças Especiais e de Reserva da Polícia na Escola de Formação De Forças Especiais de Makandzene, localizada em Maluana.
“A nossa satisfação é acrescida porque esta formação acontece numa altura em que aumentamos o caudal de nossos efetivos de prestadores de serviços capacitados, com vista a cobrir a fase seguinte nas zonas livres do terrorismo”, disse o governante.
“Disse em Pretória, e voltei a referir em Maputo, que os sucessos que os vossos colegas estão a ter no terreno precisam de ser consolidados. É o que está a acontecer. Depois da ação em Awasse, com ajuda da força de Ruanda, ocupámos várias bases do inimigo. Houve batalhas longas, mas ainda não podemos considerar que a situação está segura. Graças a esse comando que demos de formação de jovens, eles têm estado empenhados, e até ontem abateram um dos membros da chefia do grupo, chamado Muhamudu”, partilhou.
Também de acordo com o chefe de Estado, a sofisticação do crime organizado e o terrorismo demandaram reações do Governo para fazer frente às ameaças. Uma delas foi realizar mudanças nos processos formação dos agentes.
“Antes treinávamos em Matalane, para manter a ordem e segurança públicas nas cidades, nas vilas, nas povoações e nas estradas. Mas agora os inimigos multiplicam-se e mudam. Não queremos ter apenas forças defensivas, mas também reativas”, acrescentou.