O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, anunciou a suspensão das operações das Forças de Defesa e Segurança (FDS) contra a autoproclamada Junta Militar da Renamo (JMR). Estas decorriam nas províncias Manica e Sofala, locais que têm sido frequentemente atacados pelo grupo liderado por Mariano Nhongo.
A suspensão teve início neste domingo, 26 de outubro, e irá durar uma semana. O objetivo é permitir assim a abertura de um possível diálogo com a dissidência armada da Renamo, maior partido da oposição no país.
O anúncio foi feito no sábado, dia 25, durante um encontro em Pemba, capital da província de Cabo Delgado. O chefe de Estado reafirmou estar aberto para dialogar com a JMR, de modo a pôr fim aos ataques que ocorrem em algumas zonas de Manica e Sofala e que têm causado vítimas mortais.
“Não vamos perseguir os homens da Junta durante uma semana, precisamente para dizer que estamos abertos [ao diálogo]. Eu estou aberto, e o país também está aberto. As vias para falarmos eles já conhecem-nas, porque sabem como trabalhamos. É necessário encontramos a solução para que o problema não prevaleça”, esclareceu.
Nyusi disse ainda que as FDS estão instruídas para parar, mas que continuarão em alerta, uma vez que tal não significa “distração” na defesa. “Não haverá nenhuma ação ativa, mas reagirão apenas quando o inimigo atacar”, avisou.