O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, reiterou que não existe vontade de diálogo por parte da autoproclamada Junta Militar da Renamo. Isto porque mesmo tendo dado a trégua unilateral de uma semana para serem feitas negociações de paz, as investidas do grupo liderado por Mariano Nhongo continuaram.
O chefe de Estado voltou a abordar o tema nesta quarta-feira, 18 de novembro, tendo mencionado a necessidade de ser “preciso dar o que eles [Junta Militar da Renamo] precisam”.
As declarações foram feitas enquanto dirigia a cerimónia de graduação de mais de 120 quadros formados no Instituto Superior de Defesa Tenente-General Armando Emílio Guebuza (ISEDEF). Nyusi aproveitou então a ocasião para apontar os principais desafios pela frente, tendo em conta o grave contexto de terrorismo e os conflitos armados no centro do país.
“Continuam a fazer ataques. Ontem [terça-feira, 17 de novembro], por exemplo, realizaram dois ataques, onde atingiram três moçambicanos, um com gravidade. Esse grupo, como se identifica, é evidente que temos de cuidá-los ao nível que precisam”, alerta.
O governante realçou que a defesa da pátria deve ser prioridade e que os militares têm de estar sempre prontos para render aos que estão no teatro operacional.