O chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, declarou no seu Informe sobre o Estado Geral da Nação, proferido nesta quinta-feira, 16 de dezembro, que os ataques ocorridos na província de Niassa são frutos da pressão exercida pelas Forças de Defesa e Segurança (FDS) e pelas tropas do Ruanda e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC, na sigla inglesa) na província de Cabo Delgado.
Também de acordo com o Presidente da República, os ataques noticiados na maior província do país não surpreenderam o Governo, uma vez que as FDS têm monitorado o movimento dos invasores.
“Já há muito que as FDS controlavam o movimento desses homens, como não só para essa direção. Só para ver, no dia 07 de dezembro foram neutralizados dois homens que saíam de Cabo Delgado para Niassa. No dia seguinte, mais quatro na zona de Mecula, já com catanas, enxadas e etecetera”, partilhou.
Nyusi acrescentou que cerca de 200 terroristas foram abatidos em combate, incluindo alguns dos principais líderes militares e ideológicos do grupo. Foi igualmente reforçada a segurança em zonas anteriormente críticas, como os distritos de Macomia, Mocímboa da Praia, Muidumbe e Palma.
Para o governante, “o que estamos a enfrentar é banditismo puro, movido pela cobiça alheia contra uma nação que está prestes a dar um salto qualitativo e quantitativo”.
No entanto, apelou à calma face a focos de expansão da ação de grupos armados, tendo pedido aos cidadãos que não entrassem em pânico. “Há vezes em que prefiro o apelo ao não pânico. Quando há uma situação, prefiro enfrentar e não agitar”, concluiu.