O Presidente da República e Comandante-Chefe das Forças de Defesa e Segurança (FDS), Filipe Jacinto Nyusi, pronunciou-se, ontem, 23 de Março , sobre os confrontos de sábado entre a Polícia da República de Moçambique (PRM) e os manifestantes da marcha pacífica em homenagem ao músico Azagaia.
Filipe Nyusi reconhece que são direitos dos moçambicanos a manifestação e a liberdade de expressão, mas lembra que é papel da PRM garantir a ordem e segurança pública. Referiu que havia informações sobre pessoas que se queriam aproveitar da situação para cumprir “agendas concorrentes” e criar desordem, a Polícia foi obrigada a agir, o que culminou com o uso desproporcional da força.
Filipe Nyusi, lamentou o ocorrido, exigiu uma punição exemplar aos agitadores e orientou o Ministério do Interior (MINT) a investigar as razões que levaram os agentes da Polícia a adoptar uma postura de confronto físico com os manifestantes durante a marcha.
Para o Chefe de Estado, os actos de violência desproporcional verificados no último dia 18 do mês em curso colocaram à prova o limite entre os direitos dos cidadãos e a actuação da PRM. Pediu que a PRM evite confrontos com a população e pede vigilância por parte da população perante actos que podem dividir e atrasar o desenvolvimento do país.
De igual modo, apelou aos jovens para se distanciarem das tentativas de aproveitamento de qualquer natureza ou origem.
Aurélio Sambo – Correspondente