O Presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi, declarou esta quinta-feira, 08 de novembro, que já é altura de os Serviços de Investigação Criminal identificarem os grupos extremistas que aterrorizam a província de Cabo Delgado, de acordo com “O País”.
O Chefe de Estado mencionou o tema durante a abertura do vigésimo oitavo Conselho Coordenador do Ministério do Interior, que decorre em Maputo, tendo exigido aos quadros desse ministério que houvesse rapidez no combate à situação vivida na província moçambicana, para que fosse colocado um ponto final na tragédia que já causou mais de 100 mortos, além de uma vasta destruição.
Os grupos não identificados são constituídos por homens armados e são chamados de “al-shabab” pelos habitantes de Cabo Delgado, por gritarem o nome de Alá durante os massacres, que ainda não foram reivindicados. Os ataques ocorrem desde outubro de 2017.
Nyusi aproveitou o evento para desafiar as unidades da Polícia a identificarem os fatores que ameaçam o seu trabalho, tendo dado alguns conselhos para a garantia da Ordem e Segurança Públicas. “Devem melhorar a capacidade de interpretação dos fenómenos, aprimorar as técnicas de investigação criminal e investir em tecnologias modernas”, afirmou.
Até ao momento, sabe-se apenas que o tribunal de Pemba deu início a um julgamento de 189 indivíduos há mais de um mês, estando eles acusados de integrarem os grupos que atacaram os vários distritos de Cabo Delgado. O Presidente de Moçambique chegou a revelar na altura que um empresário estrangeiro, que se encontra detido, é um dos responsáveis pelos ataques.