O Primeiro Ministro de Moçambique, Carlos Agostinho do Rosário, visitou na passada quinta-feira, 07 de outubro, a sede distrital de Palma, um dos locais que foi alvo de ataques mortíferos e devastadores perpetrados por terroristas.
A população que vai regressando gradualmente às suas zonas de origem acorreu massivamente à Vila Sede onde o PM orientou um breve encontro. Nos seus semblantes era visível o misto de sentimentos entre o trauma causado por todas situações más que passaram e a esperança de voltarem a viver dias melhores com a estabilização das condições de segurança no norte de Cabo Delgado.
A visita do PM surge numa altura em que o Governo moçambicano acaba de lançar um instrumento orientador que vai (re)lançar as bases para a recuperação do tecido social , da reconstrução de infra-estruturas sociais e públicas e privadas. Estima-se que cerca de 30 mil pessoas podem ter retornado às suas zonas de origem em Palma após a concentração em Quitunda.
No encontro com algumas pessoas afectadas pelas acções terroristas Carlos Agostinho do Rosário transmitiu mensagens de esperança à população e exortou para que haja uma maior vigilância para reduzir o espaço de manobra de gente infiltrada e com agendas obscuras que culminam com assassinatos de pessoas civis e inocentes de forma indiscriminada.
PRIMEIRO MINISTRO DEFENDE REFORÇO DA VIGILÂNCIA NAS ZONAS LIBERTADAS
O regresso das vítimas do terrorismo para as zonas consideradas livres em Cabo Delgado deve ser feito de forma cautelosa de modo a evitar que membros do grupo armado voltem às aldeias e vilas, e retomar os ataques terroristas, segundo o dirigente político.
“Há muitas pessoas que estão a chegar das matas. Outras querem vir à Palma, e o Governo está a trabalhar para reconstruir o que foi destruído. Porém, isso tem que ser feito com segurança, para evitar que haja infiltrações de terroristas, porque não queremos mais mortes e destruições,” explicou Carlos Agostinho do Rosário.
“Nós não queremos mais terrorismo, por isso pedimos para não alinharem com essas agendas de destruir, de matar crianças, velhos e mulheres, e vamos continuar vigilantes, colaborando e denunciando qualquer movimento estranho às Forcas de Defesa e Segurança, às tropas do Ruanda e da SADC, que vieram à Moçambique para ajudar ao Governo a repor a paz em Cabo Delgado”, apelou o Primeiro-Ministro.
Em Palma, o Primeiro-Ministro visitou quase todas infraestruturas do Estado que foram destruídas durante os ataques terroristas de 24 de Março último.
Aurelio Sambo – Correspondente