A Polícia da República de Moçambique (PRM), através das suas Unidades de Intervenção Rápida (UIR) e Canina, voltou a instalar o autoritarismo no país. Desta vez, decidiu reprimir marchas de homenagem ao rapper AZAGAIA, falecido a 09 de março.
Foi no sábado, dia 18, que as autoridades recorreram a gás lacrimogénio, cacetadas, balas de borracha e verdadeiras para dispersarem milhares de moçambicanos que, nas cidades de Maputo, Beira e Xai-Xai, saíram à rua para homenagear o “herói do povo”, como era conhecido o artista Edson da Luz, através das suas letras de intervenção social.
As mesmas Unidades da PRM já tinham inviabilizado na passada terça-feira o cortejo fúnebre do autor da música “Povo no Poder”.
Apesar de na Constituição do país considerado um Estado de Direito Democrático encontrar-se o direito à manifestação, mais de uma dezena de manifestantes foram detidos e 19 deram entrada no Hospital Central de Maputo, vítimas de agressões físicas realizadas pela PRM.